Tenho o imenso prazer de escrever neste blog um assunto solicitado por uma de minhas seguidoras, isto é, formulação de cores com o uso de softwares. Existem vários aplicativos no mercado para formulação de cores. Primeiramente devemos ter em mente qual é o tipo de produto final que esperamos formular, isto é, tintas imobiliárias, tintas industriais, tintas de impressão, tintas metálicas, plástico, tingimento textil, entre outros. O método de confecção da base de dados para cada segmento é um pouco diferente. Outro ponto importante é qual é o grau de opacidade do produto final. Caso o produto tenha alta opacidade (acima de 70%) devemos conduzir o banco de dados para um determinado padrão, caso o produto final tenha uma opacidade pequena, o banco de dados poderá ser conduzido de uma outra maneira. Em todos os software de formulação existentes no mercado, esta decisão tem que ser tomada logo no início do cadastramento. Por exemplo, em tintas imobiliárias, cuja opacidade necessita sempre ser de 100% (cobertura total) devemos utilizar o modelo mátemático sugerido por Kubelka Munk, onde os colorantes devem ser caracterizados com cortes com preto e branco. As bases para tingimento em tinta imobiliária, quase sempre contém branco para garantir a cobertura total. As bases para fazermos cores escuras, devem conter pouco ou quase nada de branco opaco, pois a concentração de pigmento colorido será maior. No caso de tintas de impressão, a caracterização será feita somente pelo corte das tintas chamadas puras (100% prontas para impressão), com o verniz transparente que pode ser também chamado de verniz de corte. Normalmente devemos fazer de 6 a 8 cortes da tinta pura com verniz. Estes cortes deverão ser cadastrados no software para obtermos o comportamento destas bases em diferentes níveis de concentração de pigmento. Caso alguém queira que eu aprofunde um pouco mais sobre um sistema de formulação específico, pode deixar uma postagem aqui que eu com muito prazer o farei. Um abraço à todos.